Brasil.
Sábado, 10 de dezembro de 2022.
08:00 da manhã.
JIMMY EM CENA.
— É JIMMY BEAN. Ele quer falar com a senhora mesma. — anunciou Nancy, da porta.
— Comigo? — estranhou Miss Polly, surpresa. — Não haveria confusão? Com certeza é Pollyanna que deseja. Responda que poderá vê-la hoje, por alguns minutos, se quiser.
— Já disse isso, mas o menino insiste em falar com a senhora mesma.
— Está direito; vou descer. — e Miss Polly ergueu-se da sua poltrona, suspirando.
Na sala de espera encontrou o menino muito afogueado da corrida.
— Miss Harrington, — pôs-se ele a falar imediatamente. — pode não ser muito direito o que estou fazendo, mas não há remédio. É para o bem de Pollyanna e por Pollyanna sou capaz de andar em cima de brasas e até de enfrentar a senhora, ou qualquer outra coisa. E tenho a certeza de que a senhora faria o mesmo, se fosse para o bem dela. Por isso vim dizer que o que está atrapalhando tudo e impedindo Pollyanna de sarar é o "orgulho profissional"...
— Quê? — interrompeu Miss Polly, olhando-o com cara de poucos amigos.
— Orgulho profissional! Foi como ouvi lá na conversa dos dois.
— Que dois?
— Mr. Pendleton e o doutor Chilton.
Miss Polly enrubesceu. Esse nome Chilton tinha a propriedade de lhe mexer com o sangue. Jimmy continuou.
— Só queria que a senhora ouvisse a conversa dos dois, lá na biblioteca. Eu estava brincando no jardim, embaixo da janela e parei para ouvir.
— Oh, Jimmy! — ouvindo uma conversa? — censurou Miss Polly.
— Não era a meu respeito, nem eu quis ouvir; ouvi por acaso, porque não sou surdo, e como falavam de Pollyanna fiquei atento. A senhora sabe o que é Pollyanna para mim. E fiz muito bem de ouvir tudo, porque está descoberto o meio de fazê-la andar outra vez.
— Quê? Que é que está dizendo, Jimmy? — interrogou Miss Polly, aproximando-se, já interessada.
— É isso mesmo: andar outra vez! Sarar! O doutor Chilton conhece um médico que pode curar Pollyanna, porque já curou um caso igualzinho... mas antes de tudo precisa ver a menina. Precisa, sabe? E não pode fazer isso, porque a senhora não quer, aí está!
O rosto de Miss Polly ficou abraseado.
— Mas, Jimmy, eu... eu não sei de nada dessa história. Eu... e começou a torcer as mãos como quem não consegue resolver-se.
— Pois é, e foi por isso que vim até aqui numa corrida. Eles disseram que, não sei por que motivo, a senhora não deixa o doutor Chilton vir ver a menina, como a senhora mesma declarou ao doutor Warren... e sem ser chamado ele não pode vir, por causa do tal "orgulho profissional" e não sei que mais. E disse ainda ser preciso que alguém fizesse a senhora compreender isso... para o bem de Pollyanna. Assim que ouvi, dei um pulo. "Vou eu!" disse comigo. Se é preciso que alguém fale com ela, vou eu já... vim num galope!
— Sim, Jimmy. Mas o tal doutor? Onde está ele? Será que cura mesmo a menina?
— Eu não sei quem é esse tal. O doutor Chilton não disse... mas ele o conhece e sabe que curou um caso igualzinho. Não há dúvida nenhuma quanto a esse médico... só há dúvidas quanto à senhora, e isso, porque a senhora não quer que o doutor Chilton apareça aqui, está entendendo?
Miss Polly balançava a cabeça de um lado para outro, atordoada. Sua respiração tornara-se ofegante. Jimmy viu-a prestes a romper em choro. Mas Miss Polly não chorou e, depois de um minuto de desespero, disse, com a voz alterada:
— Sim... eu deixo... eu quero que o doutor Chilton venha. Corra, Jimmy. Depressa! Traga o doutor Chilton.
Jimmy voou e Miss Polly foi ter com o seu médico. O doutor Warren ficou espantado ao ver o transtorno das suas feições e mais ainda de ouvi-la dizer:
— Doutor Warren, o senhor uma vez falou-me em chamar o doutor Chilton e eu recusei. Mas acabo de reconsiderar e agora desejo que chame esse médico. Quer fazer o favor de lhe telefonar imediatamente? 🌳
Esse foi o 30° capítulo!
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