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Destaques

Começando um novo blog!

Brasil. Terça-feira, 15 de fevereiro de 2022. 07:45 da noite. Olá! Estou começando um novo blog por aqui! A ideia é postar aqui fotos das capas dos livros que eu já li como uma forma de manter aceso em mim e de incentivar o gosto e o hábito da leitura em outras pessoas, expandir meus negócios, aumentar meus rendimentos no AdSense e continuar me divulgando como escritora. O plano também é postar uma foto por mês e já aproveito para avisar que todas as fotografias aqui publicadas, quando não creditadas, serão de minha autoria! Desde já eu agradeço pelas visitas! Espero que esse blog aqui seja um sucesso, hein?! Sem mais, ~Rose Gleize. Conheça o meu outro blog, o Cartas da Gleize . Querendo ou precisando comprar livros? Na seção  Livros  da minha loja virtual, a Magazine Eletronicka, onde agora é possível gerar cupons de desconto para os clientes, você encontra livros diversos! Venha conferir! Seção Livros - Loja Magazine Eletronicka.

POLLYANNA - CAPÍTULO 25.

Brasil.
Sábado, 26 de novembro de 2022.
10:15 da noite.

O JOGO DE ESPERAR.

DEPOIS DAQUELA VISITA, Miss Polly começou a preparar Pollyanna para ser examinada pelo especialista de Nova York.
— Pollyanna, minha cara, — disse ela, com ternura. — resolvemos chamar outro médico de combinação com o doutor Warren, para a examinar. Com dois médicos em vez de um, a sua cura vai ser mais rápida.
Uma luz de felicidade iluminou o rosto da menina.
— O doutor Chilton! Oh tia Polly, eu gosto imenso do doutor Chilton! Sempre quis que ele viesse, mas receei que a senhora pensasse de modo contrário por causa daquele incidente no dia do penteado, a senhora sabe. Oh, estou tão contente que a tia Polly também o queira aqui!
O rosto de Miss Polly tornou-se pálido, e depois corado, e de novo pálido; mas quando ela falou ninguém poderia perceber o que a trabalhava por dentro.
— Oh, não, minha cara! Não é ao doutor Chilton que me refiro. Trata-se de um doutor novo, um médico célebre, que vem de Nova York especialmente para examinar você. É um que sabe mais que os outros... um especialista.
O rosto de Pollyanna ensombreceu.
— Não creio que ele saiba metade do que o doutor Chilton sabe.
— Oh, sabe, sim... sabe talvez o dobro, na sua especialidade. Estou certa disso.
— Mas foi o doutor Chilton quem tratou e curou a perna quebrada de Mr. Pendleton. Tia Polly, se a senhora não faz muita questão, eu teria muito gosto em ser tratada pelo doutor Chilton.
O rosto de Miss Polly mostrou-se transtornado. Calou-se por uns instantes. Depois falou com calma, embora ainda com uns toques da sua antiga firmeza de comando.
— Faço questão, sim, Pollyanna. Faço muita questão. Não há nada que não tente por você, minha cara, mas em virtude de razões que não posso declarar, não quero que o doutor Chilton seja chamado agora. E creia, Pollyanna, ele não pode na realidade ter tantos conhecimentos como o especialista de Nova York. Lembre-se que é um especialista de fama em todo o país. Chega justamente amanhã.
Pollyanna manteve o seu arzinho de não convencida.
— Mas, tia Polly, se a senhora, por exemplo, amasse o doutor Chilton...
— O que, Pollyanna? — e a voz de Miss Polly soou aguda. Suas faces enrubesceram intensamente.
— Quero dizer, se uma pessoa amasse o doutor Chilton e não amasse o outro, havia de preferir ser tratada pelo primeiro. Ora, eu amo o doutor Chilton.
A enfermeira entrou nesse momento; Miss Polly aproveitou o ensejo para retirar-se do quarto, com um suspiro de alívio, depois de declarar:
— Sinto muito, Pollyanna, mas receio que você tenha de deixar a mim somente a tarefa de julgar o que convém e não convém fazer. Além disso, já está tudo tratado. O especialista chega amanhã.
Mas assim não aconteceu. No dia seguinte, no último momento, veio um telegrama avisando que o famoso médico estava de cama, colhido por súbita indisposição. Esse fato levou a menina a insistir na chamada do doutor Chilton.
Miss Polly, entretanto, continuou a resistir e pronunciou um "não, minha cara" bastante decisivo, depois de declarar que tudo, tudo mais faria para agradar à menina.
E enquanto corria o tempo de espera, Miss Polly de fato empenhou-se em fazer tudo quanto possível para agradar à doentinha.
— Parece incrível! — dizia Nancy ao velho Tom. — Parece incrível o que está se passando nesta casa! Não há um minuto que Miss Polly não procure mostrar por todos os meios que só pensa e só cuida da menina! Até o gato... aquele gato que uma semana atrás ela não deixaria entrar na casa por dinheiro nenhum... anda agora lá pela cama, só porque Miss Pollyanna gosta de brincar com ele. E Buffy também. Os dois tomaram conta da casa...
E quando ela não está fazendo nada, está arrumando de outros jeitos os tais pingentes de cristal, para que as tais cores que dançam dancem em todos os pontos do quarto. Ao Timóteo mandou à "farm" dos Bobbs já três vezes em busca de flores... isso a despeito de tanta flor que há aqui. E outro dia eu a vi defronte da cama, com a enfermeira a lhe pentear o cabelo de um certo modo, só para agradar à menina. E seus olhos brilharam de felicidade. Juro que daqui por diante Miss Polly não usará outro penteado. É aquele que Miss Pollyanna gosta... só, só, só!...
O velho Tom riu-se.
 — O que me admira é que Miss Polly fica muito mais moça quando usa esse penteado, com cachinhos atrás da orelha.
— Isso mesmo. Já parece gente agora. Até penso que...
— Cuidado com a língua, Nancy! — advertiu o velho jardineiro. — e lembre-se do que eu disse há tempos... que Miss Polly foi muito linda na sua época.
A rapariga fez um muxoxo.
— Bela não é agora, mas parece outra, muito melhor. Mudou, depois que mudou de penteado e usa aquele xale nos ombros.
— Eu disse. Eu disse a você que Miss Polly não era velha.
A moça recordou-se do caso.
— É verdade... e eu respondi que se não era velha sabia muito bem imitar a velhice. E tinha razão. Antes de Miss Pollyanna chegar ela fingia-se de velha. Diga-me, Tom, quem foi o namorado de Miss Polly? Ainda não pude descobrir.
— Não pôde? — rosnou o velho, olhando-a com ar velhaco. — Pois possa! De mim não tirará nada.
— Oh Mr. Tom, não seja mau. Bem sabe que não há por aqui muita gente que me possa informar. Conte.
— Talvez não convenha. Nessas coisas não devemos mexer. E mudando de assunto, como está passando a menina hoje?
Nancy enrugou a testa.
— Na mesma, Mr. Tom. Não percebe nenhuma mudança para melhor, nem para pior. Está ali na cama dormindo ou falando e sempre a descobrir razões para ficar contente com isto ou aquilo. Contente, porque o Sol se põe ou se levanta, porque a Lua aparece ou não aparece... uma coisa de cortar o coração da gente!
— Eu sei. É o jogo. Abençoada menina!
— Ela também lhe contou como era o tal jogo?
— Oh, sim, há muito tempo. — respondeu o velho, um pouco hesitante. — Eu estava resmungando, certo dia, e lamuriando de ver-me tão arcado pela idade... e que supõe você que ela me disse?
— Não posso adivinhar, mas não creio que pudesse descobrir um jeito de um velho arcado alegrar-se com a arcadura.
— Pois descobriu! Disse que eu devia ficar contente de ser tão arcado, porque assim ficaria mais perto das ervas que tenho que arrancar.
Nancy disparou numa gargalhada.
— Essa é de primeira! Encontrou! Ela encontra sempre... não falha! Nós duas vivíamos jogando esse jogo, porque no começo não havia ninguém com quem ela pudesse brincar. Havia de ser com Miss Polly?
— Miss Polly! Ahn...
— Vejo que Mr. Tom não tem da patroa opinião diferente da minha. — observou a moça, piscando um olho.
— Eu estava a pensar — declarou o velho. — que esse jogo seria bem boa coisa para ela... para Miss Polly.
— Está bem claro que seria, sobretudo agora. Hoje não duvido de mais nada, e não me admirarei se ver a patroa metida também no jogo.
— Mas será que a menina lhe falou nisso? Andou ensinando o jogo a toda a gente. Na cidade não há quem não o saiba.
— À Miss Polly não ensinou. — disse Nancy. — Miss Pollyanna contou-me que não podia ensinar o jogo à tia por estar proibida de falar de seu pai. Miss Polly não sabe... e é a única que não sabe...
— Hum! Compreendo! — murmurou o velho. — Ela nunca perdoou o missionário... nem ela, nem ninguém da família. Lembro-me bem! Foi uma tragédia, aquele amor de Miss Jennie. Este mundo...
Para pessoa nenhuma da casa eram agradáveis aqueles dias de espera. A enfermeira procurava mostrar-se alegre, mas seus olhos traíam-na. O doutor, esse revelava-se sobremodo impaciente. Miss Polly nada dizia, mas tudo nela indicava que ninguém se consumia tanto lá por dentro. E Pollyanna? Pollyanna amimava o cachorrinho, alisava a cauda do gato, admirava as flores dos vasos e beliscava os doces e geleias que lhe mandavam. Também respondia alegremente às numerosas mensagens recebidas. Mas ia-se tornando cada vez mais pálida e magrinha, com a nervosa mobilidade dos braços contrastando singularmente com a imobilidade dos membros inferiores.
Quanto ao jogo, Pollyanna dissera a Nancy que estava contente de pensar como seria feliz quando pudesse voltar à escola, e ver de novo Mrs. Snow e visitar Mr. Pendleton e sair de carro com o doutor Chilton, embora todas essas "alegrias" estivessem distantes, no futuro. Apesar disso Nancy compreendia a gravidade do seu estado e chorava copiosamente logo que se via só. 💌

Esse foi o 25° capítulo!
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Saiba por que esse texto está aqui, em: Pollyanna - Domínio público e texto completo.


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