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Destaques

Começando um novo blog!

Brasil. Terça-feira, 15 de fevereiro de 2022. 07:45 da noite. Olá! Estou começando um novo blog por aqui! A ideia é postar aqui fotos das capas dos livros que eu já li como uma forma de manter aceso em mim e de incentivar o gosto e o hábito da leitura em outras pessoas, expandir meus negócios, aumentar meus rendimentos no AdSense e continuar me divulgando como escritora. O plano também é postar uma foto por mês e já aproveito para avisar que todas as fotografias aqui publicadas, quando não creditadas, serão de minha autoria! Desde já eu agradeço pelas visitas! Espero que esse blog aqui seja um sucesso, hein?! Sem mais, ~Rose Gleize. Conheça o meu outro blog, o Cartas da Gleize . Querendo ou precisando comprar livros? Na seção  Livros  da minha loja virtual, a Magazine Eletronicka, onde agora é possível gerar cupons de desconto para os clientes, você encontra livros diversos! Venha conferir! Seção Livros - Loja Magazine Eletronicka.

POLLYANNA - CAPÍTULO 2.

Brasil.
Sexta-feira, 08 de abril de 2022.
08:00 da manhã.

O VELHO TOM E NANCY.

NANCY VARREU e espanou o quartinho fronteiro à escada do sótão com particular atenção aos cantos. Ao passar o pano molhado no assoalho, em certos momentos esfregava com esforço excessivo — menos para atacar alguma mancha renitente do que para espantar certas ideias que lhe ocorriam. A despeito da sua submissão um tanto amedrontada, Nancy não era nenhuma santa.
— Eu — murmurava ela, em compasso com o vaivém do pano molhado. — queria muito... varrer... os cantos... da sua alma. — e parando para descansar: — Deve ser cheia de cantos sujos. A ideia de botar a pobre menina neste quartinho sem ar... e sem aquecimento no Inverno... tendo inteiramente vazia uma casa tão grande, com tão bons cômodos, esta é mesmo de primeiríssima. "Por num mundo já tão cheio mais uma criancinha!" Hum! Aposto que não há no mundo uma criaturinha que seja mais necessária a alguém do que essa.
Depois voltou ao serviço e trabalhou em silêncio até terminar tudo. Pôs-se de pé e correu os olhos pelo quartinho feio, franzindo o nariz.
— Muito bem. Minha parte está terminada. Não há mais nenhum pó. Triste menina! Que lugar acharam para aninhar uma pobre criatura sem mãe e arrancada da terra onde sempre viveu! — e dizendo isto Nancy retirou-se, batendo a porta sem querer. — Oh— exclamou, mordendo os lábios. E depois:  Que bem me importa ! Que ouça o barulho, ora bolas! Bati, mesmo. Bati porque quis, ora aí está...
Naquela tarde Nancy pôde dar uma prosa no jardim com o velho Tom, o jardineiro que desde tempos imemoriais lutava com as azedinhas tiriricas dos canteiros.
— Senhor Tom, — começou ela, depois de espiar se Miss Polly não estava por perto. — conhece a menina que vem morar aqui?
— Quê? — exclamou o velho, erguendo-se e estirando os músculos mordidos de câimbras.
— A menina que vem morar com Miss Polly.
— Deixe-se de brincadeiras! — respondeu Tom, incrédulo. — Por que não me conta que o Sol vai nascer do lado contrário amanhã?
— É verdade, sim. Ela mesma me disse. — afirmou Nancy. — Uma sua sobrinha de onze anos, filha duma irmã já morta.
O queixo do velho Tom quase se despregou da cara.
— Impossível! — rosnou ele; mas logo seus olhos brilharam. — Que bom se fosse assim! A filhinha de Mrs. Jennie! É a única que viveu. Quem sabe se é certo, Nancy? Oh! A filhinha de Miss Jennie! Deus tenha Miss Jennie no Céu e me faça ver aqui a sua filhinha.
— Quem era essa Miss Jennie?
— Um anjo fugido do Céu! — murmurou o velho, com fervor. — Mas o meu falecido amo e a falecida patroa não sabiam disso; pensavam que ela apenas fosse a sua filha mais velha. Tinha vinte anos quando se casou e lá se foi. Todos os seus filhos morreram, ouvi dizer, exceto uma menina — essa que vem vindo...
— Tem onze anos já.
— Sim, deve ser isso. — calculou o velho, meneando a cabeça.
— E vai ficar no quartinho do sótão, perto da escada! Imagine! — disse Nancy, correndo outra vez os olhos em redor, de medo da patroa.
O velho Tom franziu a testa. Depois sorriu.
— Não sei o que Miss Polly vai fazer com uma criança nesta casa. — disse.
— E eu queria saber é o que essa criança vai fazer com Miss Polly. — replicou Nancy.
O velho sorriu.
— Já vejo que não gosta muito de Miss Polly...
— Haverá quem goste?
O velho sorriu de novo e retomou o seu trabalho, dizendo:
— Você não sabe nada, menina; não sabe do caso de amor de Miss Polly...
— Caso de amor, com ela? Não! Não me venha com isso, senhor Tom. Impossível que alguém possa ter amado semelhante criatura.
— Pois houve quem pudesse. — disse o velho. — E ainda está vivo esse cujo... e mora aqui na cidade.
— Quem é ele?
— Não é conveniente que eu diga. — respondeu Tom, erguendo-se de novo. Em seus mortiços olhos azuis estampava-se a velha lealdade dos empregados que servem toda a vida à mesma família.
— Não, não é possível. — insistiu Nancy. — Miss Polly com um namorado. Ora!
Tom meneou a cabeça.
— Você não conheceu a Miss Polly que eu conheci. Era uma criatura realmente linda, e ainda o seria se...
— Linda? Miss Polly?
— Sim. Miss Polly. Se ela não usasse aquele cabelo puxado para trás e se se vestisse como se vestem as que pensam em si, você veria como ainda é bela. Miss Polly não é velha, não, Nancy.
— Não é? Nesse caso, sabe imitar a velhice muito bem. Finge muito bem. — murmurou Nancy, com ironia. — É uma artista...
— Eu sei, eu sei. Isso começou, esse desleixo, quando veio a briga com o namorado. — explicou Tom. — E desde então parece que só se alimenta de serpentes e vespas venenosas. Tudo começou a partir dessa briga.
— Pois para mim ela não está assim; sempre foi assim. — disse Nancy, em tom indignado. — Nada vejo nela de bom, por mais que o senhor diga. E eu não ficaria aqui se não fosse o estado da mamãe e a conta que nos faz o que recebo. Mas um dia a coisa muda e direi adeuzinho à tal grande senhora. Ora se...
O velho Tom fez um gesto de cabeça.
— Eu sei. Já percebi isso. É natural... mas não será melhor para você, menina. Ouça o que digo: não será melhor. — e curvou-se de novo sobre o canteiro, retomando o serviço.
— Nancy! — gritou uma voz aguda.
— Já vou indo, senhora. — respondeu Nancy, e correu para dentro. 🌹

Esse foi o segundo capítulo!
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Saiba por que esse texto está aqui, em: Pollyanna - Domínio público e texto completo.


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