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Destaques

Começando um novo blog!

Brasil. Terça-feira, 15 de fevereiro de 2022. 07:45 da noite. Olá! Estou começando um novo blog por aqui! A ideia é postar aqui fotos das capas dos livros que eu já li como uma forma de manter aceso em mim e de incentivar o gosto e o hábito da leitura em outras pessoas, expandir meus negócios, aumentar meus rendimentos no AdSense e continuar me divulgando como escritora. O plano também é postar uma foto por mês e já aproveito para avisar que todas as fotografias aqui publicadas, quando não creditadas, serão de minha autoria! Desde já eu agradeço pelas visitas! Espero que esse blog aqui seja um sucesso, hein?! Sem mais, ~Rose Gleize. Conheça o meu outro blog, o Cartas da Gleize . Querendo ou precisando comprar livros? Na seção  Livros  da minha loja virtual, a Magazine Eletronicka, onde agora é possível gerar cupons de desconto para os clientes, você encontra livros diversos! Venha conferir! Seção Livros - Loja Magazine Eletronicka.

POLLYANNA - CAPÍTULO 1.

Brasil.
Sexta-feira, 01 de abril de 2022.
05:00 da manhã.

MISS POLLY.

MISS POLLY HARRINGTON entrou apressadamente na cozinha aquela manhã. Não era natural isso, porque Miss Polly se gabava de não ter pressa de nada. Naquele dia, porém, estava realmente com pressa.
Nancy, que lavava pratos na pia, apesar de nova na casa, já sabia do sossego da patroa.
— Nancy?
— Senhora! — respondeu a empregada, sem interromper a lavagem dos pratos.
— Nancy, — repetiu Miss Polly, desta vez com voz severa. — quando eu falar interrompa o que estiver fazendo e ouça-me com toda atenção.
Nancy corou e largou dos pratos.
— Sim, senhora. Eu estava acabando este serviço, porque a senhora mesma me disse que andasse depressa.
— Não estou pedindo explicações. Estou pedindo atenção. — observou a patroa, de testa franzida.
— Sim, senhora, já sei. — disse Nancy, mordendo os lábios, e sem saber como pudesse agradar àquela criatura. Nancy jamais trabalhara em casa estranha até o dia em que seu pai morreu e sua mãe, adoentada, fez-lhe ver que tinha de ganhar a vida. Foi então que se empregou na casa de Miss Polly Harrington, da velha família Harrington e uma das mais ricas senhoras da cidade. Isso dois meses antes. Sabia agora, de conhecimento próprio, que Miss Polly era das tais que fazem cara feia se uma porta bate ou uma colher cai da mesa, mas nunca sorri se a porta não bate ou se a colher fica quietinha onde está.
— Quando acabar o serviço da manhã... — disse Miss Polly. — vá arrumar o quartinho que dá para a escada do sótão e faça a cama. Varra-o muito bem, espane tudo e tire as caixas e canastras que lá estão.
— Sim, senhora. E onde ponho essas canastras?
— No sótão mesmo, mas fora do quarto. — respondeu Miss Polly, que, depois de hesitar um momento, prosseguiu: — Acho bom esclarecer que a minha sobrinha, Miss Pollyanna Whittier, vem morar comigo. Ela tem onze anos e ficará ocupando aquele quarto.
— Uma menina aqui, Miss Harrington? Que bom! — exclamou Nancy, pensando na alegria que eram suas irmãzinhas, lá no The Corners, onde residia a sua gente.
— Bom! Hum! — resmungou Miss Polly, toda empertigada. — Essa não é a palavra exata que cabe no caso. Mas sou boa criatura e tratarei de acomodar a situação. Conheço os meus deveres.
Nancy ficou um tanto atrapalhada.
— Pois decerto, Miss Polly. Uma menina boazinha aqui virá alegrar a casa e será muito bom para a senhora mesma.
— Obrigada. — murmurou secamente a grande dama. — Mas não estou vendo nenhuma necessidade disso...
— Mas a senhora há de, com certeza, querer bem a essa filha de sua irmã. — arriscou Nancy, sentindo vagamente que devia preparar uma boa acolhida para a pequenina esperada.
Miss Polly ergueu o queixo com altivez.
— Hum, hum. — rosnou. — Pelo simples fato da minha irmã ter sido bastante tola a ponto de casar-se e pôr num mundo já tão cheio mais uma criaturinha, não vejo que eu deva querer bem à tal. Entretanto, como já disse, conheço os meus deveres. Trate de arrumar o quarto e não esqueça de varrer os cantos. Veja lá, hein?
Nancy repetiu mais um "Sim, senhora." e retomou a lavagem de pratos, enquanto Miss Polly se retirava de queixo erguido.
Voltando aos seus aposentos Miss Polly tomou de novo a cartinha recebida dois dias antes e que lhe causara bem desagradável surpresa. Releu-a:

Prezada senhora: Sinto muito ter de informá-la que o Reverendo John Whittier faleceu duas semanas atrás, deixando uma filha única de onze anos e uns livros. Como a senhora deve saber, ele era pastor duma igrejinha humilde, na qual vencia ordenado mínimo.
Sei que era casado com uma sua irmã já falecida e que as duas famílias estavam de relações cortadas. Ele, entretanto, fez-nos ver que, atendendo aos laços de sangue, a senhora talvez se encarregasse da criação da sua filhinha, levando-a para aí. É este o motivo desta carta.
A menina está preparada para partir a qualquer momento e se a senhora está disposta a cuidar dela ser-nos-ia grato receber as suas ordens o quanto antes, porque há uma família que breve partirá para Boston e poderá encarregar-se de levá-la até lá, pondo-a no trem de Beldingsville. Em qualquer hipótese a senhora está avisada do trem em que Pollyanna seguirá. 
Aguardando uma resposta favorável, subscrevo-me respeitosamente.

JEREMIAS O. WHITE.

Miss Polly releu a carta e com rugas na testa meteu-a de novo no envelope. Já havia respondido na véspera, dizendo que mandassem a órfã. Conhecia os seus deveres sociais, por desagradáveis que fossem.
Seus pensamentos voltaram-se para a irmã, Jennie, mãe daquela menina; lembrou-se de quando, aos vinte anos de idade, teimou em casar-se com um jovem ministro, apesar da oposição de todos. Havia um homem bastante rico que a desejava com agrado geral, mas Jennie bateu o pé; queria o ministro pobre. O tal homem rico era bem mais idoso que ela, é verdade, mas possuía uma bela fortuna e gozava de grande crédito, ao passo que o pastorzinho só possuía ideias e entusiasmos da mocidade, e só lhe poderia dar amor. Jennie preferiu isso e casou-se, e foi para o Sul viver a vida humilde de esposa de missionário.
A ruptura entre Jennie e a família tornou-se inevitável. Miss Polly recordava-se muito bem de tudo, embora fosse naquele tempo uma menina de quinze anos, a caçula da casa. Tinha a família mais o que fazer do que pensar numa mulher de missionário. Jennie escreveu algumas vezes, de raro em raro, e deu à filhinha o nome de Pollyanna, em homenagem às suas duas irmãs, que se chamavam Polly e Anna. Os outros filhos lhe morreram, contara ela na sua última carta escrita. Agora vinha a notícia da sua morte, dada por aquele pastor duma pequenina cidade do Oeste.
Durante esse espaço de tempo muita coisa ocorreu na grande mansão senhorial dos Harringtons. Com os olhos no vale que se estendia a perder-se de vista, Miss Polly rememorou por momentos as principais mudanças trazidas por aqueles vinte e cinco anos.
Estava ela agora já quarentona e só no mundo. Pai, irmãs, mãe, todos mortos. Já de anos ficara dona única do velho solar e da fortuna deixada pelo pai. Várias pessoas das suas relações lamentavam tamanha solidão, aconselhando-a a arranjar companhia; ela, porém, jamais pensara nisso. Gostava de solidão, dizia. Gostava de estar consigo mesma e preferia conservar-se só. Agora...
Miss Polly ergueu-se de onde estivera sentada e seus lábios apertaram-se. Sentia-se satisfeita consigo própria de que fosse uma mulher de bons sentimentos e conhecedora do código dos deveres. Mas — Pollyanna! — que nome ridículo tinha a tal menina! 🌺

E esse foi o primeiro capítulo!
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Saiba por que esse texto está aqui, em: Pollyanna - Domínio público e texto completo.


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